31 julho, 2013

Na estrada

Ila sentava todos os dias naquele mesmo murinho. Sua casa era a última da rua e próxima de lá tinha uma estrada que de tão longa não parecia chegar a lugar nenhum. Nunca passava nenhum carro, moto e nem pessoas. Quando Ila percebeu tal fato, resolveu ir para o vazio onde podia colocar os pensamentos no lugar. Ia sozinha apenas com um bloquinho de papel nas mãos ou uma revista.
Naquela tarde de sexta-feira , quando o sol estava se despedindo, Ila avistou alguém seguindo na estradinha, ela se assustou e quase caiu do muro, estava se aproximando um garoto de, aparentemente, a mesma idade dela, alguém que ela não conhecia. Na cidadezinha que ela morava, todos se conheciam, é o tipo de cidade que a praça principal deveria se chamar “Covil dos fofoqueiros” onde tudo o que você faz (se for possível) vai pra capa do jornal. Vendo o garoto se aproximar da entrada da cidade, surgiu uma luz de esperança em seu coração.
Mesmo na pequena cidade, há aqueles com seus respectivos grupinhos, Ila não se encaixava em nenhum deles, não que ela fosse uma garota invisível como muitas se intitulam por aí, o problema é que a moçada a julgava como “a garota de nome estranho, metida a sabichona da casa mal acabada” Ela nunca tentou ser sabichona com ninguém, mas, o simples fato de seu bloquinho de papel estar sempre em sua mão e de ela visitar todos os dias a biblioteca municipal, levava aos outros a imagem de que ela queria ser melhor que eles. Seu nome? Realmente, muito estranho, mas, isso não é motivo para alguém ser excluído, é? Sua casa era realmente “mal acabada”, mas, ela nunca ligou para isso, e as casas dos outros habitantes de Vila Tropicana não eram tão bonitas assim a ponto da casa de Ila parecer um barraco.
Se aquele garoto que estava chegando fosse legal e não pensasse como as outras pessoas da cidade talvez Ila finalmente arranjasse um amigo. Ele deixou sua mala cor de abóbora no chão e foi em direção de Ila que se levantou de pressa, seus papéis caíram no chão e o garoto os pegou.
- Aqui moça – Disse Ele – Meus pais ficaram sem gasolina, estão apenas a alguns metros daqui, onde posso encontrar um posto?
- Siga em frente, e quando chegar ao mercado municipal vire à direita. Mas é melhor você arrumar um galão, os caras de lá não são muito gentis, não.
- Muito obrigado- ele lhe estendeu a mão, um cumprimento - dona...?
- Me chamo Ila, e você é?
- Meu nome é Marco, é um prazer conhece - lá.

E lá se foi o “possível futuro amigo de Ila” pela estradinha de terra. Ela desenhou o rosto dele em uma das folhas de papel, judiadas pela terra, só para lembrar-se de aquele rapaz gentil não foi um sonho. Talvez eles se falassem novamente, se encontrassem por aí, ou até estudassem juntos.
Ila sempre desenhou. Esse era um hobbie herdado do pai. Para sua mãe, aquilo era uma total perda de tempo, ou então, talvez, a mãe ficasse triste por lembrar-se do falecido marido ao ver a menina com o lápis e o papel na mão. Ila começou como qualquer criança, rabiscos e linhas coloridas, o céu branco com nuvens azuis. Quando cresceu um pouco, percebeu que seus desenhos iam muito mais além, e desenhou um poço daqueles antigos que se puxava o balde de água com uma corda. Recebeu elogios e sua primeira grande obra virou a pintura do muro da escola.
Depois de meia-hora, Marco voltou com dois galões vermelhos nas mãos. Estava meio atrapalhado, a cada dois segundos ele deixava uma delas no chão tentando tirar o cabelo dos olhos e segurar a mala debaixo do braço. Ila se ofereceu para ajudá-lo, ele deixou que segurasse sua mala e, então seguiram conversando sobre a cidade, sobre a viagem de Marco e muitas outras coisas. Chegando ao carro, eles estavam rindo alto e harmoniosamente parecendo que se conheciam á milênios. Os pais do rapaz pareciam hippies e o carro deles era verde-água com flores desenhadas dos lados em laranja. A mãe de Marco, Joana, tinha o cabelo longo e loiro, estilo praiano com ondas desmanchadas, com uma coroa de flores vermelhas. O Sr. Fernandes tinha cabelos compridos, castanhos e lisos, usava uma calça azul e uma camisa larga que parecia ter todas as cores do mundo, ele era o homem mais lindo que Ila já vira. Eles ouviam uma música maravilhosa no carro, daquelas que você abre os braços e sai cantando. Quando Ila percebeu, já sabia cantar a letra inteira. Enquanto os rapazes abasteciam, Joana conversava com Ila, sobre as músicas maravilhosas dos anos 70 e também lhe contava como era excitante viajar por esse mundão sem nunca parar em casa nenhuma. Ila ouvia como se fosse uma poesia.
Depois de um bom tempo, Ila contou sobre seus desenhos e como se sentia excluída.
Ela não dividia com ninguém o que sentia, e nem mostrava seus desenhos até então. Joana apareceu e mesmo com sua idade, parecia ser a irmã mais velha de Marco e talvez agora de Ila. A moça compreendia como Ila estava se sentindo, e deu-lhe conselhos maravilhosos e também algumas histórias de vida. Quando Ila contou sobre a morte de seu pai, e de como sua mãe não há a apoiava deixou que uma lágrima escorresse sobre seu rosto. Sr. Fernandes ligou o som mais alto, e começou a tocar uma música parecida com uma cantiga de roda, fazendo com que todos descem as mãos dançando e pulando. Marco colocou uma coroa de flores, como a da mãe, na cabeça de Ila e de braços dados os dois foram saltitando.

Foi como uma viajem, era como se ali fosse o lugar que Ila sempre buscou em seus sonhos, e por um momento ela pensou em subir no carro e sair pra sei lá aonde junto com aquela família perfeita e feliz. Mas, decidiu ficar em Vila Tropicana depois que o carro dos Fernandes a deixou ali, no mesmo muro que estava quando Marco apareceu, Ila pode perceber que a felicidade é como aquele jogo do bem-me-quer-mal-me-quer só que ao invés das pétalas serem jogadas ao chão, devem ser entregues na mão de alguém que precise tanto quanto você. Foi aquilo que aconteceu com Ila, e agora ela ia passar alegria a todos da pequena Vila, e seria mais alegre também. Com seu lápis escreveu no papel VENHA SER FELIZ e voltou á sua rua, sorrindo, devagarzinho ouvindo a música de seu coração.

Por: Jennifer Lima
04 julho, 2013

Some Kind of Wonderful

Oi gatinhas e gatões. Você não tem noção do que é fazer um post chorando. Relaxe, ninguém morreu sou só eu depois de ver um filme lindo, incrível e clássico. O nome é... Rufem os tambores... Um alguém muito especial. Esse filme é de 1987dirigido por Howard Deutch e escrito por John Hughes.. Tem como o filme ser ruim sendo da Paramount Pictures? Claro que não.
Esse filme é espetacular. Eu vi o final dele no computador da minha amiga e logo pensei, "necessito assistir esse filme, tipo, agora". Ele conta a história de um garoto que começa a gostar de uma garota do colégio dele, por obra do destino ela é a mais popular do lugar. O garoto pede ajuda para sua melhor amiga para ter o encontro perfeito com a patricinha, sem saber que sua grande aliada na verdade é completamente apaixonada por ele. ALERTA. Porque garotas também ficam na Friendzone,vejam só vocês. 
Na verdade,a história também fala um pouco sobre os adolescentes da época “se descobrindo” e também sobre a forma como agiam, que por incrível que pareça não é tão diferente do século XXI. Eles focam na imagem da Watts (a melhor amiga) mostrando-a como a garota estranha, porém legal do colégio. Ela é diferente de todas as meninas, o modo como se veste e, como corta e pinta o cabelo, acabando com o estereótipo de que toda garota do colegial é uma patricinha sem cultura e, ainda por cima ela "bate de frente" com os meninos do colegial.. Também tem a descoberta de Amanda (a patricinha) fazendo com ela mude e aprenda a lidar melhor com seus sentimentos.
Eu adorei também as músicas... Orgasmo(no sentido legal, se é possível) pelas ótimas baladinhas dos anos 80 e pelos ótimos rocks selecionados.
Sério, eu chorei com o final, mas nem vou jogar vídeo aqui (eu vi 8 vezes) porque é pra vocês o filme completo <3
Sinopse: Keith Nelson (Eric Stoltz) é um jovem que sonha em ser pintor, apesar de seu pai, Cliff Nelson (John Ashton), ter decidido que ele vai para a faculdade. Paralelamente Keith fica fortemente atraído por Amanda Jones (Lea Thompson), a garota mais popular do colégio, que namora Hardy Jenns (Craig Sheffer), que é rico e gosta de se exibir. Querendo conquistar Amanda, Keith pede ajuda a Watts (Mary Stuart Masterson), sua melhor amiga, sem reparar que ela está perdidamente apaixonada por ele. Enquanto Watts estimula Keith em uma insensata tentativa de impressionar Amanda, surge um outro obstáculo: Hardy, que além de orgulhoso é covarde. Ele articula um plano com seus amigos para darem uma surra em Keith, quando ele e Amanda forem juntos em uma festa na sua casa. Para esta noite Keith gastou o dinheiro da faculdade comprando uma cara jóia para Amanda. Acompanhando tudo isto de perto, a apaixonada Watts sofre o tempo todo.
Espero que cês choram tanto quanto eu <3
Ai meninas,já é um começo,chamar seu  amigo "que cê tá afim" pra assistir esse filme e comer um pipoquinha e, se declarar...KKK

Beijo gente :3
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